Num artigo de opinião publicado no sábado no jornal The Washington Post, o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, promete consolidar “as alianças democráticas” perante as múltiplas crises e as crescentes ameaças por parte de Moscovo e de Pequim.

“Estamos unidos para responder aos desafios da Rússia à segurança europeia, a começar pela sua agressão na Ucrânia, e não haverá dúvidas sobre a determinação dos Estados Unidos em defender os nossos valores democráticos, que não podemos separar dos nossos interesses”, escreveu Biden.

O líder norte-americano, que tomou posse a 20 de janeiro de 2021, viaja na próxima semana para a Europa, onde vai participar nas cimeiras anuais do grupo das sete economias mais ricas do mundo (G7), em Inglaterra, e da NATO, em Bruxelas.

Posteriormente, no dia 16 de junho, Biden encontra-se em Genebra (Suíça) com o Presidente russo, Vladimir Putin, num momento em que existe um clima particularmente tenso entre as duas potências internacionais.

Washington tem vindo a sancionar Moscovo por diversos motivos: acusações de ingerência eleitoral, pirataria informática, espionagem, a repressão contra o opositor russo Alexei Navalny, a ameaça militar contra a Ucrânia e a anexação da península ucraniana da Crimeia.

A Rússia reagiu igualmente com sanções e as duas potências não contam há várias semanas com embaixadores nas respetivas capitais.

Moscovo também acusa a Aliança Atlântica (NATO) de estar militarmente ativa nas fronteiras russas com destacamento de tropas e exercícios.

Nos últimos anos, a União Europeia (UE), onde estão igualmente países aliados da NATO, também tem adotado sanções visando a Rússia, nomeadamente o congelamento de bens e a proibição de viagens no espaço comunitário para certos cidadãos russos, na sequência da crise no leste da Ucrânia (com início em 2014).

Nos últimos meses, o bloco comunitário aprovou mais medidas restritivas contra Moscovo por motivos relacionados com o caso do opositor russo Alexei Navalny, atualmente detido em território russo.

As relações entre a UE e a Rússia têm vindo a deteriorar-se nos últimos meses e as sanções não provocaram uma mudança na atitude do Kremlin (Presidência russa) ou uma reaproximação com Bruxelas.

“O Presidente Putin sabe que não hesitarei em responder a futuras atividades prejudiciais”, prosseguiu o líder norte-americano, acrescentando: “Durante o nosso encontro, irei uma vez mais sublinhar o compromisso dos EUA, da Europa e das democracias que partilham os mesmos princípios na defesa da dignidade e dos direitos humanos”.

Ainda no artigo de opinião, Joe Biden, que chegou a classificar Putin como um “assassino” durante uma entrevista televisiva em março passado, sublinhou que Washington “não está à procura de um conflito”, mencionando a sua decisão de prolongar por mais cinco anos o tratado New START, que regula o controlo de armamento entre as duas potências nucleares.

“Queremos uma relação estável e previsível na qual possamos trabalhar com a Rússia em questões como a estabilidade estratégica e o controlo de armas”, indicou ainda Biden.

Na sexta-feira, Vladimir Putin afirmou esperar que o encontro com Biden conduza a resultados positivos.

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