“Deus não permita que eu tenha de tomar a decisão de usar essas armas. Mas não hesitarei se formos atacados”, afirmou Lukashenko durante uma visita à região de Minsk, citado pela agência bielorrussa Belta.
Lukashenko, principal aliado de Moscovo na guerra contra a Ucrânia, afirmou que as armas nucleares russas que em breve serão estacionadas na Bielorrússia são necessárias “para que nem um único pé bastardo volte a pisar o solo bielorrusso”.
Se a Bielorrússia for atacada, “a resposta será imediata”, afirmou Lukashenko, segundo a agência espanhola EFE.
Lukashenko considerou ser “pouco provável que alguém queira declarar guerra a um país que possui armas” nucleares.
“São as armas das superpotências”, acrescentou.
Na semana passada, o Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou a instalação de armas nucleares táticas no território da vizinha Bielorrússia a partir de 08 de julho.
A transferência das armas tinha sido alvo de um acordo entre Moscovo e Minsk em março.
A Rússia invadiu a Ucrânia para “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho, de acordo com os objetivos anunciados por Putin no dia do início da operação, em 24 de fevereiro de 2022.
O conflito mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Desconhece-se o número de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.
A Ucrânia tem contado com o apoio de aliados ocidentais, que fornecem armamento a Kiev para combater as tropas russas.
O Ocidente também tem imposto sanções económicas à Rússia para tentar diminuir a sua capacidade de financiar o esforço de guerra.
No final de setembro, Putin decretou a anexação das regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia ao território da Federação Russa, depois de ter feito o mesmo à Crimeia, em 2014.
A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas cinco regiões anexadas.
Kiev exigiu a retirada russa do território da Ucrânia como uma das pré-condições para eventuais conversações de paz, mas Moscovo respondeu que os ucranianos têm de se conformar com a nova realidade.
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