“Estamos hoje a enviar uma forte mensagem ao mundo”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros lituano, Linas Linkevicius, depois da votação.
As sanções foram aprovadas com 120 votos a favor, nenhum contra e duas abstenções. Dezanove dos 141 membros da assembleia legislativa estiveram ausentes.
O texto adotado pelos deputados apela para a rejeição internacional da legitimidade do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, há 26 anos no poder e que obteve um sexto mandato nas contestadas eleições de 09 de agosto.
Segundo resultados oficiais, Lukashenko obteve 80% dos votos, numa eleição denunciada como fraudulenta pela oposição e criticada pela União Europeia (UE).
A reeleição levou centenas de milhares de bielorrussos às ruas em protesto, manifestações reprimidas com violência pelas forças de segurança da Bielorrússia.
Linas Linkevicius afirmou que lhe têm chegado relatos chocantes de espancamentos e torturas, afirmando que “não são apenas violações dos direitos humanos, mas crimes que têm de ser investigados e os seus autores castigados”.
A capital da Lituânia, Vilnius, dista apenas cerca de 170 quilómetros da capital bielorrussa, Minsk, e o país acolhe muitos bielorrussos no exílio.
A principal adversária de Lukashenko nas presidenciais, Svetlana Tikhanovskaya, que denunciou o escrutínio como fraudulento, refugiou-se na Lituânia dois dias após as eleições.
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