De acordo com o Ministério do Interior de Minsk, não há registo de vítimas mortais.

“No total, em todo o país, cerca de três mil pessoas foram presas (…) durante confrontos. Mais de 50 cidadãos e 39 polícias ficaram feridos e alguns estão hospitalizados”, declarou o ministério em comunicado, frisando que as manifestações “noturnas” não estavam autorizadas nas 33 cidades e localidades do país.

Hoje, a candidata da oposição na Bielorrússia, Svetlana Tikhanovskaia, rejeitou os resultados oficiais das presidenciais de domingo e pediu ao Presidente, Alexander Lukashenko, considerado o vencedor, que ceda os comandos do país.

“O poder deve refletir como pode ceder-nos o poder. Considero-me vencedora das eleições”, disse hoje a candidata à imprensa, denunciando a repressão das manifestações de domingo à noite contra a reeleição do Presidente.

Segundo os resultados oficiais finais da votação, o chefe de Estado cessante, Alexander Lukashenko, há 26 anos no poder e que obteve o sexto mandato, recolheu 80,23% dos votos, enquanto a grande rival, a opositora Svetlana Tikhanovskaia, chegou aos 9,9%.

Os resultados são contestados pela oposição, que denunciou atos de violência e de fraudes no processo eleitoral.

Segundo dados avançados pela organização não-governamental bielorrussa de defesa dos direitos humanos Viasca, nos protestos de domingo à noite, que degeneraram em confrontos com a política, um manifestante morreu e dezenas de outros ficaram feridos.