Fabian Figueiredo líder parlamentar do Bloco de Esquerda, afirmou que "vamos votar favoravelmente à candidatura de Francisco Assis, contribuindo dessa forma para que o parlamente tenho um presidente ainda hoje".
Paula Santos, do PCP, afirmou que os resultados foram "insólitos, tendo em conta que tinha sido anunciado um acordo entre o PSD e o Chega. Não ignorámos que isto está a acontecer num quadro de grandes dificuldades. De acordo com aquilo que foi anunciado, poderão estar em cima da mesa três candidaturas. A questão que se coloca é que se este é o processo para se encontrar a solução necessária".
Para o Livre, que se junta ao BE na votação a favor de Francisco Assis, na voz da líder parlamentar Isabel Mendes Lopes, a não eleição de José Pedro Aguiar Branco "vem mostrar que a extrema direita não é de fiar e o PSD já devia ter percebido isso. Agora, vamos ver o resultado da votação destas três candidaturas".
"É claro que temos um partido não democrático, que tem de ser tratado pelo presidente da AR como tal. O que estava em cima da mesa era um candidato com o apoio da extrema direita, não é um candidato que o Livre se revê, nem nos disse nada como iria gerir a AR e um partido de extrema direita, que perturba os trabalhos da AR", afirmou a líder parlamentar.
"Os mesmo que há uns dias festejavam de forma efusiva a saída de Augusto Santos Silva são agora os mesmos que permitam que haja um novo presidente da AR socialista", afirmou Mariana Leitão, líder parlamentar da Iniciativa Liberal.
"Estamos sempre do lado das soluções que mudem o país. Por isso, continuamos a votar em José Pedro Aguiar Branco, para garantir o bom funcionamento do parlamento", disse. "Nem o Chega, nem o PS, não conseguem explicar porque não votaram em Aguiar Branco. A IL votou de acordo com a sua consciência, não combinamos com ninguém".
De recordar que hoje os deputados votaram na primeira sessão desta legislatura e não elegeram José Pedro Aguiar Branco como presidente da Assembleia da República. Aguiar Branco teve 89 de 116 votos necessários, 134 brancos e sete nulos, na primeira sessão plenária da XVI legislatura. António Filipe, que preside à primeira sessão plenária, declarou o candidato “não eleito”.
O regimento da Assembleia da República determina que o presidente do parlamento é eleito na primeira reunião plenária da legislatura por maioria absoluta dos votos dos deputados em efetividade de funções (116).
“Se nenhum dos candidatos obtiver esse número de votos, procede-se imediatamente a segundo sufrágio, ao qual concorrem apenas os dois candidatos mais votados que não tenham retirado a candidatura. Se nenhum candidato for eleito, é reaberto o processo”, refere o Regimento.
Artigo atualizado às 20h55 com as declarações da Iniciativa Liberal.
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