Quando um hospital perde algum profissional, seja por baixa médica, reforma ou licença sem vencimento, "não consegue substituir o profissional que lhes falta" no imediato e "tem de pedir centralmente essa substituição", o que "demora meses", lamentou Catarina Martins.

"São precisos médicos, enfermeiros, pessoal auxiliar. Para o BE é uma prioridade que os hospitais tenham os recursos humanos que precisam", vincou a bloquista, que falava aos jornalistas à margem de uma visita à Unidade Local de Saúde do Nordeste, que integra o Hospital de Bragança.

A visita integra o primeiro de dois dias de jornadas parlamentares do partido, que decorrem entre os distritos de Bragança e Vila Real.

A líder do Bloco lembrou que há tantos gastos em juros da dívida pública como "em todo o SNS", e, nesse sentido, a questão de como é gasto o "esforço da reestruturação da divida não pode ficar à margem quando" se pensa no reforço e na resposta a dar aos serviços públicos.

Sobre uma eventual renegociação da dívida e pressões internacionais sobre o Orçamento do Estado, a coordenadora bloquista defendeu que "o papel do parlamento nacional não é ceder a pressões e chantagens", antes "respeitar a democracia portuguesa a escolha feita nas urnas de reposição de rendimentos".

"Sempre que seguimos a doutrina de corte de salários e pensões, dizendo que era o que Bruxelas mandava, as contas públicas ficaram pior, a economia ficou pior e as pessoas ficaram pior. É agora preciso um rumo diferente de recuperação de rendimentos. Isso faz melhor à economia e as contas públicas", declarou.

O BE pede também que se deixe de "gastar tanto em contratualizações com a saúde privada", insistindo num reforço do SNS.

O BE reúne hoje e no sábado os seus deputados para jornadas parlamentares em Trás-os-Montes, centradas no combate à interioridade e na defesa dos serviços públicos.

As jornadas têm a particularidade de acontecer a uma semana da discussão e votação do Orçamento na generalidade - 03 e 04 de novembro -, tendo já Catarina Martins anunciado o voto favorável dos bloquistas na generalidade à proposta de OE.

"O BE cumpre os seus compromissos e este OE, objetivamente, aumenta rendimentos do trabalho, cumpre o compromisso de não precarizar e privatizar mais, de não aumentar os bens essenciais. No deve e no haver, em 2017, quem vive do trabalho será mais respeitado e, por isso, o BE vai votar a favor na generalidade", afirmou já a coordenadora do partido.

Depois, dar-se-á o período de discussão na especialidade, com possíveis alterações ao documento, e votação final global do texto está marcada para 29 de novembro.

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