“O grupo municipal e parlamentar do Bloco de Esquerda reuniu com as estruturas sindicais depois de terem sido reveladas pela imprensa várias notícias dando conta de uma eventual venda de património” do Metropolitano de Lisboa (ML), “com o alegado objetivo de financiar a expansão da linha do Metro”, afirma o BE de Lisboa em comunicado.
A estrutura partidária acrescenta que, em 2003, foi assinado um protocolo que previa que a receita resultante da venda desse património teria como destino o fundo de pensões para os trabalhadores.
Hoje, os parlamentares Heitor de Sousa e Isabel Pires (também deputada na Assembleia Municipal de Lisboa) reuniram-se com a Comissão de Trabalhadores do Metro.
O Jornal de Negócios noticiou no mês passado que o Metro de Lisboa tem em desenvolvimento um projeto para alienação de património imobiliário.
“A empresa está a preparar os ativos para poderem ser transacionados no mercado imobiliário e, assim, contribuírem para financiar as novas linhas e equipamentos”, escreveu o Negócios.
O BE afirma-se preocupado com “a anunciada venda do referido património” para financiar o alargamento da rede do Metropolitano de Lisboa, “configurando assim uma provável violação do protocolo assinado com a Câmara Municipal de Lisboa em 2003”.
O Bloco garante ainda que tomará iniciativas tanto na Assembleia da República, como na autarquia e na Assembleia Municipal de Lisboa, para esclarecer “a existência de eventuais ilegalidades”.
Para o Bloco de Esquerda, as decisões de investimento no Metro de Lisboa devem ser financiadas “sem recorrer à quebra de protocolos anteriores”.
Além dos terrenos de Sete Rios, foram abordados na reunião as obras na Estação de Arroios, a falta de pessoal nas estações, os problemas com o sistema de sinalização, a bilhética e as escadas rolantes.
“Algumas destas infraestruturas estão, segundo os trabalhadores, em situação limite por falta de manutenção”, lê-se no documento.
Nesta reunião estiveram presentes representantes da Comissão de Trabalhadores do Metro, da Associação de Reformados dos Trabalhadores do Metro e várias estruturas sindicais.
Comentários