O Ministério dos Negócios Estrangeiros boliviano, em comunicado, disse que “rejeita categoricamente” e considera “inadmissíveis e insustentáveis” as declarações do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, Lior Haiat.
Haiat afirmou que a Bolívia, ao romper relações diplomáticas com Israel, “alinha-se com a organização terrorista Hamas” e mostra a sua “rendição ao terrorismo e ao regime dos aiatolas no Irão”.
A Bolívia, guiada pelas suas leis e pelo direito internacional, “reconhece o direito à paz de todos os povos do mundo”, pelo que “rejeita toda e qualquer guerra como instrumento de resolução de diferendos entre Estados e condena o terrorismo em todas as suas formas”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O governo da Bolívia apelou ainda a Israel para que “respeite o direito à vida” do povo palestiniano, permita a “entrada imediata” de organizações internacionais com ajuda humanitária e ouça as “milhares e milhares de vozes” que apelam ao fim do “assassínio e genocídio” dos palestinianos na Faixa de Gaza.
O movimento islamita palestiniano Hamas, que governa a Faixa de Gaza, saudou a decisão do governo boliviano de cortar as relações diplomáticas com Israel, classificando-a como uma posição “corajosa”.
Em 2009, o governo do então Presidente Evo Morales (2006-2019) cortou relações diplomáticas com Israel em resposta aos ataques à Faixa de Gaza, mas os laços foram restaurados em 2020 durante o governo de transição de Jeanine Ánez (2019-2020).
O Ministério da Saúde de Gaza anunciou na quinta-feira que mais de nove mil pessoas morreram e 32 mil ficaram feridas no território desde o início da guerra, há quase um mês, quando o Hamas atacou o território israelita, causando mais de 1.400 mortos e mais de 5.400 feridos, tendo ainda sequestrado também 242 pessoas.
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