“Sempre damos boas-vindas a todos do mundo árabe. Temos mais de 5 milhões de pessoas de ascendência árabe no nosso país, [portanto], o Brasil também pode ser considerado um país árabe”, afirmou Bolsonaro numa entrevista à agência de notícias dos Emirados Árabes Unidos, WAM, em Abu Dhabi, este domingo, onde cumpriu compromissos oficiais no âmbito de uma visita oficial de três dias.

O líder brasileiro também afirmou que a sua viagem aos Emirados Árabes Unidos faz parte de um périplo diplomático, que já incluiu viagens ao Japão e China, e que tem como objetivo principal aprofundar os laços do Brasil com os principais agentes comerciais do mundo.

“Então agora chegamos ao mundo árabe, começando nos Emirados Árabes Unidos”, disse o Presidente brasileiro.

“É a primeira vez que visito um país árabe e fui muito bem tratado (…) Estou extremamente satisfeito por estar aqui. Este é um país que não tem preconceitos. As pessoas aqui se respeitam, especialmente quando se trata de religiões e escolhas”, acrescentou.

Juntamente com o primeiro-ministro do Emirados Árabes, Mohamed bin Rashid al Maktum, Bolsonaro encontrou-se com o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, o xeque Mohammed Bin Zayed Al Nahyan, com quem discutiu assuntos regionais e internacionais, além de ações conjuntas sobre cooperação económica, ciência, tecnologia e luta contra o terrorismo no domingo.

O chefe de Estado brasileiro também se reuniu com vários funcionários do Governo e representantes da comunidade empresarial.

“Tudo o que discutimos será materializado. Contamos muito com os Emirados Árabes Unidos para o desenvolvimento do nosso país”, observou Bolsonaro.

Nesta visita, Brasil e Emirados Árabes concordaram em expandir o comércio e promover parcerias em segurança alimentar, agronegócio, infraestruturas, energia, transporte, inovação e defesa.

O Presidente brasileiro também disse esperar a participação de empresas dos Emirados Árabes na exploração de blocos de petróleo ‘offshore’ do Brasil, que deverão ir a leilão no início de novembro.

“Nas próximas semanas, realizaremos um grande leilão no setor de petróleo e empresas de petróleo ‘offshore’ de todo o mundo participarão. Espero que as empresas dos Emirados Árabes Unidos também participem”, concluiu Bolsonaro.