A gota de água, segundo a imprensa local, foi quando "Mirico" publicou um vídeo a criticar a gestão de Peixoto no Balneário do Lira, principal atração turística da cidade.

Nas imagens, o ex-vereador ameaça dar uma "porrada" no prefeito, ao que Peixoto, de 39 anos, respondeu com um desafio: uma luta de MMA num octógono regulamentar, com árbitro e espectadores, reportou o Diário do Nordeste.

A luta de três assaltos aconteceu nas primeiras horas de domingo no estádio poliesportivo de Borba, onde uma multidão em alvoroço incentivava os dois adversários.

Peixoto, fã de artes marciais mistas (MMA), que gosta de aparecer em anúncios políticos a usar as suas luvas de luta, entrou no ringue a fazer um gesto de degolar para o adversário, segundo mostra um vídeo online da luta.

Os dois homens de tronco não perderam tempo a trocar golpes, mas pareceram cansar-se rapidamente. O ex-vereador conseguiu derrubar o prefeito duas vezes - uma delas com um jab de direita logo no começo da disputa e outra com uma varredura de pé no terceiro assalto -, mas os juízes declararam Peixoto como o vencedor.

A dupla parece ter esgotado a animosidade no final da luta, trocando um caloroso abraço.

Após o confronto, Peixoto assegurou que o objetivo da luta foi promover o desporto e também a caridade, pois os espectadores foram convidados a doar comida para os necessitados.

Mas alguns não acharam piada. A agência sanitária do Amazonas informou que vai pedir explicações à Prefeitura por ter permitido o acesso de uma multidão de espectadores sem máscaras num espaço fechado, violando os protocolos anticovid que recomendam o distanciamento social.

Outros questionaram os "lutadores" por transformar a já polarizada política nacional em uma luta de facto. "Só há perdedores - perde o debate político saudável e, sobretudo, o eleitor", condenou a revista Veja.

No entanto, alguns que assistiram à luta pediram mais, enquanto se aproxima um possível confronto eleitoral tenso entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o seu arquirrival, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em outubro de 2022.