"Tendo em conta que a primeira-ministra admitiu hoje que não tem o apoio suficiente para aprovar o acordo, podia aceitar que o acordo dela está morto e que a Câmara [dos Comuns] não deveria desperdiçar tempo a dar a mesma resposta pela terceira vez", afirmou Corbyn.
O líder trabalhista exigiu um "plano B" e defendeu ser altura de o "parlamento ganhar o controlo" do processo, prometendo o apoio do principal partido da oposição a uma proposta para forçar um debate na quarta-feira sobre alternativas à estratégia do governo.
Corbyn disse ter participado em discussões interpartidárias "para encontrar um caminho em frente", acrescentando: "Eu acredito existir apoio nesta Câmara para um acordo baseado numa alternativa que proteja empregos, a economia através de uma união aduaneira e acesso total ao mercado único e que nos permite continuar a beneficiar da participação em agências vitais e medidas de segurança".
Se o governo não concordar com uma alternativa determinada pelos deputados, pois os "votos indicativos" não têm caráter vinculativo, o partido Trabalhista vai aprovar "medidas para uma votação pública que impeça uma saída sem acordo ou um acordo caótico".
O parlamento debate esta tarde uma série de propostas sobre os próximos passos do processo do ‘Brexit', incluindo uma subscrita por deputados de diferentes partidos para o parlamento realizar uma série dos chamados "votos indicativos" com o objetivo de perceber se uma maioria dos deputados consegue concordar em alguma das diferentes opções para o ‘Brexit'.
Na semana passada, o Conselho Europeu concordou com uma prorrogação da data de saída do Reino Unido da UE até 22 de maio de 2019, desde que o Acordo de Saída seja aprovado pela Câmara dos Comuns até sexta-feira.
Se isso não acontecer, o Conselho Europeu estipulou uma prorrogação até 12 de abril de 2019 e disse que esperava que o Reino Unido indicasse um caminho a seguir antes dessa data para a consideração dos líderes europeus.
O Acordo foi chumbado pelo parlamento britânico a 12 de março por 391 votos contra e 242 votos a favor, uma diferença de 149 votos, repetindo o chumbo de janeiro por 432 votos contra e 202 contra, uma margem histórica de 230 votos.
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