O encontro hoje realizado é resultado da decisão do Conselho Europeu, reunido em 14 e 15 de dezembro, de abrir negociações de adesão com a Ucrânia.
A delegação do bloco europeu foi liderada por Hadja Lahbib, ministra dos Negócios Estrangeiros e dos Assuntos Europeus da Bélgica (país que assume atualmente a presidência semestral do Conselho da UE), acompanhada pelo comissário responsável pela Vizinhança e Alargamento, Olivér Várhelyi.
A delegação ucraniana foi liderada pela vice-primeira-ministra para a Integração Europeia e Euroatlântica da Ucrânia, Olha Stefanishyna.
“Este é um dia histórico para a Ucrânia e para a UE. O caminho para chegar a este ponto tem sido desafiador e a determinação da Ucrânia em empreender as reformas necessárias tem sido verdadeiramente impressionante”, afirmou Hadja Lahbib, citada na nota informativa.
A governante compromete-se no texto com negociações “rigorosas e exigentes”, mostrando confiança de que o executivo de Kiev será bem sucedido, porque “o futuro da Ucrânia e dos seus cidadãos reside na União Europeia”.
Segundo o comunicado, a UE “sublinhou que a Ucrânia já é um parceiro próximo”, assinalando o acordo de associação, que também inclui a zona de comércio livre abrangente e aprofundada, e que entrou em vigor em 2017.
Por outro lado, “a UE e a Ucrânia estão estreitamente alinhadas em matéria de política externa e de segurança”, com o bloco europeu a incentivar Kiev a prosseguir a sua “tendência positiva no sentido do alinhamento total” com as linhas definidas por Bruxelas.
“Como futuro Estado-membro, espera-se que a Ucrânia continue a aderir aos valores enumerados no artigo 2.º do Tratado da União Europeia, nomeadamente o respeito pela dignidade humana, a liberdade, a democracia, a igualdade, o estado de direito e o respeito pelos direitos humanos”, indicou ainda o comunicado.
Kiev apresentou formalmente o pedido de adesão à UE em 28 de fevereiro de 2022, poucos dias depois do início da invasão russa. Tem estatuto de país candidato desde 23 de junho desse mesmo ano.
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