Estas são as prioridades do executivo comunitário na proposta de orçamento da União Europeia (UE) a longo prazo, até 2027, e foram apresentadas pela presidente da instituição, Ursula von der Leyen, que anunciou à imprensa em Bruxelas “uma reserva financeira de 50 mil milhões de euros para os próximos quatro anos, o que inclui empréstimos e subvenções” para a reconstrução da Ucrânia.

“A reserva proporcionará aos nossos parceiros na Ucrânia uma perspetiva flexível e previsibilidade e deverá também incentivar outros doadores a darem um passo em frente”, acrescentou notando que o apoio financeiro será atribuído “de acordo com a evolução da situação no terreno”.

Vincando ser também necessário “reforçar a gestão das fronteiras externas”, Ursula von der Leyen divulgou um “orçamento adicional para os refugiados sírios na Síria, no Líbano, na Jordânia e na Turquia, para a rota de migração no sul dos Balcãs Ocidentais, para os parceiros em todo o mundo e também para manter a capacidade de [a UE] reagir a crises humanitárias e catástrofes naturais”, numa verba total de 15 mil milhões de euros para um período de cinco anos.

Além disso, “estamos a criar a STEP”, um fundo soberano para permitir investimentos em “setores prioritários”, como a tecnologia limpa e a biotecnologia, dado que os programas existentes “são limitados”, assinalou a líder do executivo comunitário.

A ideia é, através da plataforma STEP, “concentrar estes fundos nestas prioridades e fazê-los trabalhar melhor em conjunto, criando sinergias”, adiantou Ursula von der Leyen, falando num montante de 10 mil milhões de euros.

A Comissão Europeia apresenta hoje uma proposta de revisão do orçamento da UE para o período 2024-2027, com foco nos investimentos ‘verdes’ e tecnológicos e na reconstrução da Ucrânia, para entrar em vigor em 1 de janeiro.