Em comunicado, a transportadora aérea aponta a ligação a Portugal “como parte integrante da estratégia da companhia”, passando a ter voos, nos dois sentidos (Praia-Lisboa-Praia), à segunda, quarta e sexta-feira, que se somam aos quatro semanais que já partem da ilha do Sal.
A empresa sublinha que todos os voos de Lisboa para a Praia têm ligação à ilha do Sal, onde a companhia está a implementar o ‘hub’ internacional, com ligação a outros destinos operados pela CVA a partir do Sal. Essas ligações domésticas próprias estreiam-se a 13 de agosto, asseguradas por uma aeronave da portuguesa Lease-Fly.
Segundo a CVA, o Boeing 737-300 chega ao Aeroporto Internacional Nelson Mandela, na cidade da Praia, a 13 de agosto e a aeronave “começará a operar a rota Praia-Lisboa-Praia a partir do dia 30 de agosto”.
“A Cabo Verde Airlines reforça, assim, a ligação entre Portugal e Cabo Verde, como parte integrante da estratégia da companhia”, lê-se no comunicado.
A frota atual da CVA é composta por três Boeing 757-200, com a companhia aérea cabo-verdiana a garantir ligações do arquipélago para Dakar, Lisboa, Paris, Milão, Roma, Boston, Fortaleza, Recife e Salvador.
Entretanto, a CVA anunciou anteriormente que pretendia reforçar a frota com dois Boeing 757-200 adicionais, a partir de novembro, bem como alargar as ligações internacionais da companhia, até final do ano, a Luanda, Washington, Lagos e Porto Alegre.
A companhia aérea anunciou, em 5 de agosto, uma “parceria estratégica” com as portuguesas Lease-Fly e Newtour para os voos domésticos entre ilhas naquele arquipélago e garantindo assim a conectividade ao ‘hub’ internacional na ilha do Sal.
O objetivo é ligar o ‘hub’ às ilhas de Santiago (Praia), São Vicente e Fogo, com recurso a aviões ATR42-300, através de voos bidiários.
A parceria envolve a Lease-Fly, uma empresa registada em Portugal e com bases operacionais em Espanha e França, sendo um “operador especializado no transporte aéreo regional e executivo”.
Em março, o Estado de Cabo Verde vendeu 51% da companhia aérea nacional TACV por 1,3 milhões de euros à Lofleidir Cabo Verde, uma empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF e em 30% por empresários islandeses com experiência no setor da aviação.
Para o Governo cabo-verdiano, a alternativa à privatização seria a sua liquidação, a qual custaria mais de 181 milhões de euros.
Em entrevista anterior à Lusa, o presidente e diretor executivo da CVA, Jens Bjarnason, explicou que a companhia está nesta altura “concentrada” na implementação do conceito do ‘hub’ internacional no Sal.
Atualmente, as ligações aéreas entre ilhas são asseguradas apenas pela companhia Binter, mas o Governo cabo-verdiano tem insistido que o mercado está aberto a novas operadoras.
A Lusa noticiou anteriormente que a CVA transportou 40.857 passageiros entre março e maio, logo após a venda da posição maioritária do Estado cabo-verdiano, um aumento homólogo de 30%.
Os números avançados por Jens Bjarnason comparam com os 31.421 passageiros transportados nos mesmos três meses de 2018, acrescentou.
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