Estes ‘kits’ são compostos por três “sacos reutilizáveis e recicláveis produzidos com ráfia de polipropileno 100% reciclado pós-consumo, adequados à separação do papel/cartão, embalagens e vidro”, informa a autarquia em comunicado.

Os sacos informam sobre a forma correta de separar os três tipos de resíduos e o “que deve e não deve ser depositado nos ecopontos azuis, amarelos e verdes, e encaminhando para a página do 'site' da Câmara Municipal de Lisboa lisboa.pt/dias-do-lixo, que informa sobre a localização dos ecopontos e os dias de recolha de cada resíduo”.

O município adianta também que em 2020, devido à pandemia de covid-19, foram produzidas 285.936 toneladas de resíduos em Lisboa, quando em 2019 tinham sido recolhidas 331.327 toneladas, e a taxa de reciclagem desceu de 35,3%, em 2019, para 28,6% no ano passado.

“Sensibilizar a população para a importância ambiental da reciclagem e do papel que cada um deve assumir no tratamento dos resíduos urbanos e na promoção de uma cidade mais limpa e sustentável é o principal objetivo desta campanha”, sublinha a Câmara de Lisboa na mesma nota.

Segundo a autarquia, liderada por Fernando Medina (PS), foram instaladas “280 eco-ilhas subterrâneas, 500 novas papeleiras e novos contentores em várias zonas da cidade, designadamente no novo sistema de recolha bilateral em bairros municipais com um total de 782 contentores”.

Foram também realizados investimentos nos sistemas de recolha dos bairros históricos, na frota de remoção, em recursos humanos – com a contratação de 263 novos cantoneiros - e melhoria das condições de trabalho, é referido no comunicado.

A Câmara recorda que em 2019 deu “início à recolha seletiva porta a porta de resíduos orgânicos [restos de comida] a nível residencial em 7.543 habitações das freguesias do Lumiar e de Santa Clara e, mais recentemente, no núcleo histórico de Olivais-Velho [cerca de mil fogos] implementou um sistema de recolha coletiva destes resíduos em eco-ilha subterrânea”.

É ainda feita, desde 2005, a recolha de resíduos alimentares em estabelecimentos de restauração e cantinas, realça o município, acrescentando que, desde 2018, a Câmara “dinamiza o projeto Lisboa a Compostar”.

“Até ao momento, foram atribuídos 2.750 compostores domésticos e instalados 15 compostores comunitários. Em 2019, a participação dos munícipes permitiu a recolha de 30.270 toneladas de biorresíduos, que corresponde a 36% do total nacional”, indica a autarquia.

Atualmente, a Câmara está a alargar a rede de oleões da cidade, através da instalação de um conjunto de 160 novos equipamentos “inteligentes” para recolha de óleos alimentares usados.