A par da notificação via postal, que de acordo com comunicado da câmara de Valongo seguiu para 200 proprietários de um total de 400 parcelas de terreno, está a ser promovida uma ação de sensibilização através de cartazes.
Nos painéis lê-se a pergunta "Já limpou o seu terreno?", seguida da explicação de que "nos terrenos com floresta e mato é obrigatória a criação de uma faixa de proteção às edificações não inferior a 50 metros".
A autarquia de Valongo, distrito do Porto, também informa que "em caso de incumprimento, a câmara efetuará a limpeza à custa dos proprietários e poderá aplicar coimas até ao valor de 5.000 euros para pessoas singulares e de 60.000 euros para pessoas coletivas".
As limpezas devem ser feitas até 15 de março, conforme estabelece a legislação em vigor.
Os cartazes estão a ser afixados por todo o concelho e difundidos através dos meios de comunicação e redes sociais.
A câmara de Valongo também pretende afixar avisos nos terrenos que devem ser limpos, numa área correspondente a 230 hectares.
"O município vai aumentar consideravelmente o investimento na prevenção e na redução do risco, fazendo cumprir a Lei com Tolerância Zero para com os proprietários incumpridores", refere o presidente da câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro, citado no comunicado autárquico.
Com base na experiência dos últimos anos, a autarquia acrescenta que o custo com a limpeza dos terrenos de proprietários incumpridores poderá chegar aos 100.000 euros.
"Valongo é um dos poucos concelhos no distrito e na Área Metropolitana do Porto que está sempre no risco máximo durante a época de incêndios, devido às características geográficas do nosso Município, com densas áreas florestais em contacto com densas áreas urbanas", alerta o autarca que aproveita para pedir ao Governo que "discrimine de forma positiva os territórios que vivem constantemente mais expostos ao risco, através de um reforço das verbas destinadas à prevenção dos incêndios florestais".
A par desta ação, o Município de Valongo está a limpar os terrenos contíguos à rede viária municipal, numa extensão de cerca de 80 hectares, que implica, diz a câmara, um investimento de 75.000 euros, bem como a intensificar a criação de mosaicos de gestão de combustível, através da utilização de fogo controlado.
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