O município liderado pelo socialista Rui Santos tomou uma posição, aprovada por unanimidade em reunião do executivo, na qual garante que “transferirá os seus saldos para outras instituições bancárias, mostrando desta forma o desagrado pelo tratamento e consideração que a CGD demonstra pelo território”.

A CGD vai fechar cerca de 70 agências este ano, a maioria já este mês, entre as quais se inclui o balcão de Alves Roçadas, um dos três que o banco público possui na cidade de Vila Real.

A câmara referiu que a decisão de encerramento foi tomada “sem haver o cuidado de a discutir previamente”, o que considerou ser um “desrespeito”, principalmente para com a população.

A autarquia sublinhou que a “valorização do Interior de Portugal tem de ser assumida como um imperativo nacional e exige, entre outras, medidas opostas àquela que é anunciada pela CGD”.

“Este banco de capitais públicos, apesar de competir no mercado com os demais bancos comerciais, tem uma função acrescida de ocupação territorial, que é agora colocada em causa”, referiu a autarquia.

Acrescentou que, sendo a “CGD pública e tendo tido durante décadas uma relação privilegiada com o setor Estado, não pode desvincular-se da sua função de proximidade com as populações e de garantia da existência de serviços bancários, mesmo em territórios menos populosos, mais periféricos e menos financeiramente atrativos”.

“As razões economicistas que ditam esta nova estratégia de abandono territorial não são compatíveis com a sua responsabilidade social”, frisou.

A autarquia liderada por Rui Santos disse ainda estar “solidária com todos os municípios, nomeadamente os do interior, em que a CGD se prepara para encerrar balcões”.

No distrito de Vila Real, a Caixa vai fechar também a agência de Pedras Salgadas, tendo os clientes de se deslocar seis quilómetros até à sede do concelho, Vila Pouca de Aguiar.

Com este fecho, previsto para o dia 29 de junho, os clientes de Pedras Salgadas ficam ainda sem a única caixa de multibanco.

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