O presidente do Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão, Fernando Barata, refere que as novas terapêuticas têm conseguido que alguns doentes que tinham uma mediana de 10 a 12 meses de vida atinjam os dois anos.

Estes avanços e a inovação terapêutica vão ser debatidos no sábado em Lisboa num encontro que reunirá cerca de 100 especialistas nacionais e estrangeiros.

Apesar da evolução dos tratamentos, que não podem ser aplicados a todos os doentes, o cancro do pulmão continua a ser um dos que mais mata em Portugal – logo a seguir ao do cólon- e figurar como o quarto tumor com mais incidência.

Sobre os mais recentes tratamentos (terapêuticas alvo e imunoterapia), o especialista Fernando Barata sublinha, em declarações à agência Lusa, que não se aplicam a todas as situações e são sobretudo dirigidas a estados mais avançados.

Ainda assim, o médico considera que “ainda se está longe de um controlo de toda a doença avançada”.

Nas terapêuticas alvo são identificados, na superfície da célula tumoral, recetores que, ao serem bloqueados, levam à morte da célula. Mas só cerca de 20 a 25% dos cancros do pulmão podem ser tratados com este tipo de terapêutica.

É sobretudo nestas terapêuticas alvo que os especialistas têm visto resultados mais concretos em termos de aumento do tempo de sobrevivência, além de serem tratamento com mais baixa toxicidade.

Também a imunoterapia (feita através da ativação das defesas do organismo contra o tumor) tem mostrado bons resultados em termos de eficácia e baixa toxicidade, mas os peritos ainda não estão em condições de indicar o aumento do tempo de sobrevida que tem proporcionado.

O cancro do pulmão representa mais de 20% das mortes causadas por doenças oncológicas. O tabaco continua a ser o principal responsável por este tipo de tumor.

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