“Quer pelo lado positivo, quer pelo lado negativo, a votação conseguida pelo engenheiro Guterres continua a ser a melhor votação possível. Isto significa que a posição do engenheiro Guterres consolida-se de votação, para votação”, afirmou em declarações à agência Lusa o chefe da diplomacia portuguesa.
Segundo Augusto Santos Silva, António Guterres “teve os melhores resultados” nas três votações, o que é um “elemento importante”.
“Há aqui uma candidatura que se consolida a olhos vistos. Consolida-se a olhos vistos no Conselho de Segurança a perceção que o engenheiro António Guterres é o melhor candidato a secretário-geral das Nações Unidas nas circunstâncias presentes”, afirmou o ministro.
Segundo o ministro, aquela foi, aliás, a razão pela qual Portugal apresentou a candidatura do antigo primeiro-ministro a secretário-geral da ONU.
“Está mais que justificada a apresentação da candidatura de António Guterres por parte de Portugal, visto que as suas qualidades políticas, humanas, pessoais, as suas competências diplomáticas, multilinguísticas são reconhecidas pela generalidade da comunidade internacional e esse reconhecimento tem uma expressão muito sólida no Conselho de Segurança”, salientou.
O ministro lembrou, contudo, que o processo de escolha ainda está numa fase internacional e que as votações são informais e “procuram perceber, ponderar, os apoios que cada candidato tem”.
António Guterres ficou ontem à frente na terceira votação secreta entre os membros do Conselho de Segurança da ONU para eleger o próximo secretário-geral da organização.
O antigo alto-comissário da ONU para os Refugiados teve 11 votos de encorajamento, três de desencorajamento – o pior resultado das três votações – e um “sem opinião”.
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