A proposta incide nas Práticas e Manifestações do Culto a Nossa Senhora da Nazaré a Património Cultural Imaterial da Humanidade, reunidas num dossiê entregue na última sexta-feira, dia 13, à Comissão Nacional da Unesco, e será agora sujeita a “um longo e complexo processo de avaliação, com várias etapas”, divulgou hoje a autarquia do distrito de Leiria
O documento entregue à representação nacional “resulta do intenso trabalho de investigação e promoção desta tradição”, desenvolvido ao longo do último ano pela IPI Consulting Network.
O dossiê vai agora ser sujeito a uma pré-avaliação pela Comissão Nacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), após o que os promotores esperam que “a candidatura seja encaminhada para avaliação final pela UNESCO”, refere a autarquia num comunicado enviado às redações.
A candidatura a Património Imaterial da Humanidade é promovida pela câmara com o apoio de entidades associadas ao Culto, particularmente a Confraria de Nossa Senhora da Nazaré e a Paróquia da Pederneira-Nazaré.
O processo arrancou no início deste ano com a entrega à Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) de um Pedido de Inscrição no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, sem o qual não se poderia avançar com a proposta à Unesco.
A par com a entrega da candidatura, os promotores efetuaram já um Plano de Salvaguarda daquele culto mariano e desenvolveram ao longo do último ano várias atividades ligadas às práticas realizadas em vários países do mundo.
A autarquia promoveu ainda a criação de uma rede de comunidades devotas, que já inclui comunidades de Portugal e do Brasil, e que deverá ser alargada a “Angola, São Tomé e Príncipe ou mesmo o Suriname e a Guiana Francesa, entre outros, onde a tradição de Nossa Senhora da Nazaré também chegou”, refere o comunicado.
No âmbito da candidatura estão previstas diversas ações, entre as quais a revitalização de antigos Círios portugueses, a geminação com locais onde o Culto assume importância significativa, a inserção nas Rotas Marianas Internacionais e a edição de publicações sobre o Culto e a implementação de uma Carta de Princípios vinculando todas as comunidades da rede.
A expetativa dos promotores é de que a decisão final da UNESCO seja conhecida antes do final de 2022.
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