Durante a audiência de hoje no tribunal de La Valetta foi confirmada a acusação e imposta uma fiança de 10.000 euros, disse à Efe o advogado italiano Daniel Amato, que faz parte da equipa legal da ONG.

Com o pagamento da fiança, o capitão ficou em liberdade, mas não pode deixar a ilha e deve dormir no navio, até à próxima audiência, marcada para 05 de julho.

O Lifeline, resgatou das águas 234 migrante e foi autorizado a atracar em Malta após seis dias em alto mar, depois de ser negada auouzação por parte de Itália, após um acordo com oito países europeus, aos quais se juntou depois a Noruega, para recolocar os migrantes.

A acusação insiste que o navio, de pavilhão holandês, não consta do registo marítimo da Holanda, o que foi confirmado pelas autoridades holandesas.

Os advogados apresentaram documento segundo os quais o navio está registado como embarcação de recreio, ao que a acusação respondeu que não está, por isso, autorizado a dedicar-se a operações de resgate.

Por agora, o único delito de que está acusado o capitão, de 57 anos, é a irregularidade de registo, mas as autoridades admitem que se venham a juntar mais acusações.

Pediram também ao magistrado que ordenasse a confiscação do navio de salvamento, tendo sido decidido que o Lifeline ficará retido até ao esclarecimento da situação.