A lei, apresentada pelo MPLA na Assembleia Nacional, teve o voto favorável de 128 deputados, havendo a registar 51 abstenções, o que fez com que o diploma que prevê que as notas emitidas no próximo ano tenham apenas a face do primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto, e paisagens e monumentos emblemáticos no verso das notas.
José Eduardo dos Santos saiu da Presidência angolana em 2018, depois de 38 anos no poder, tendo sido substituído pelo candidato do MPLA que venceu as eleições presidenciais desse ano, João Lourenço.
A chegada ao poder de João Lourenço ficou marcada por um conjunto de demissões e exonerações que os analistas e os investidores internacionais leram como um distanciamento face ao passado e um ataque direto à estrutura de poder que foi montada ao longo de décadas pelo seu antecessor.
Entre outras saídas mediáticas, João Lourenço demitiu a filha do antigo Presidente, Isabel dos Santos, da presidência da Sonangol e afastou o filho, José Filomeno dos Santos, da direção do Fundo Soberano de Angola, que acabou por ser preso e está agora a ser julgado por uma transferência indevida de 500 milhões de dólares, cerca de 450 milhões de euros.
A família dos Santos queixa-se de perseguição política e tem criticado a falta de resultados, do ponto de vista da economia, das reformas lançadas por João Lourenço desde que chegou ao poder, há mais de dois anos, com o país a manter-se em recessão económica pelo menos até este ano.
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