No monumento com largos metros de altura, a chanceler alemã Merkel controla com o comando à distância o robô da austeridade e manipula as marionetas dos deputados europeus, a partir da varanda de uma casa de bonecas, descreve a organização em nota de imprensa.

O ‘brexit’, o processo de saída do Reino Unido da União Europeia, é também satirizado, fazendo do primeiro-ministro David Cameron um boneco de saída do parlamento.

Da esquerda à direita, todos os primeiros-ministros portugueses formam o elenco de Pinóquios especialistas na arte da representação, enquanto os espetadores saem depauperados da peça que encenam.

Banqueiros como o antigo gestor do Banco Espírito Santo Ricardo Salgado aparecem sem nada, depois de todos os seus bens lhes ter sido penhorados.

Num ano em que o tema é "brinquedos e brincadeiras", nem os bonecos escapam à crise: a Barbie, por exemplo, é obrigada a prostituir-se para manter o nível de vida.

Na inauguração do monumento, são esperados três a quatro mil foliões, entre mascarados, bombos, ‘cabeçudos’ e ‘zés pereiras’.

O evento conta este ano com o maior orçamento dos últimos oito anos, 650 mil euros, fruto do aumento das receitas próprias das últimas edições, afirmou à agência Lusa o presidente do conselho de administração da empresa municipal Promotorres, César Costa.

Entre 24 de fevereiro e 1 de março, são esperados 350 mil visitantes para aquele que reclama ser "o Carnaval mais português de Portugal", por se manter fiel às tradições do Entrudo português, sem escolas de samba.

O Carnaval mantém os habituais corsos diurnos e noturnos, em que desfilam oito carros alegóricos, conhecidos pela sátira político-social, e milhares de foliões mascarados, muitos dos quais disfarçados de matrafonas (homens mascarados de mulheres), como é típico no concelho.

Para o corso escolar, que se realiza no dia 24, estão inscritas nove mil crianças, enquanto para o concurso de grupos de mascarados deverão concorrer mais de dois mil figurantes.

Depois dos corsos, a animação continua madrugada fora nos bares e em vários recintos ao ar livre da cidade.

O evento gera receitas de 10 milhões de euros na economia local.

A câmara candidatou em 2016 o seu Carnaval a Património Nacional Imaterial, o primeiro passo para vir a ser reconhecido como Património Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

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