“O ministro João Galamba, se calhar, está muito confuso sobre o que é que o Governo quer, mas isso o problema é do ministro João Galamba, não é meu”, respondeu aos jornalistas Catarina Martins quando questionada sobre as críticas que lhe foram feitas pelo ministro das Infraestruturas no domingo.
Depois de no sábado ter criticado a frase “muito infeliz” de João Galamba sobre o bónus da presidente da TAP, recusando um “Estado pessoa de bem para a elite do privilégio”, mas que corta direitos laborais “sem pestanejar”, o ministro acusou a coordenadora do BE de “desconhecer por completo” a situação da companhia.
“Eu conheço a situação da TAP, sim, o problema é que o que se está a passar na TAP é inexplicável e inaceitável para o país”, disse aos jornalistas, à margem de uma visita ao Hospital de Ovar, distrito de Aveiro, no âmbito das jornadas parlamentares do partido.
Na opinião de Catarina Martins, há um problema em relação à companhia aérea: “o Governo injetou milhões na TAP para a TAP ser pública e agora diz que a vai privatizar e as pessoas perguntam-se ‘então porque é que nós andamos com o dinheiro dos contribuintes a salvar a TAP?'”.
Deixando claro que “deve haver uma companhia aérea pública”, a coordenadora do BE condenou que “é o mesmo Estado que cortou nos salários dos trabalhadores que diz que não pode cortar e que acha muito bem que haja prémios milionários para os administradores”.
“Isto é que é inexplicável”, criticou.
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