“Uma vez que todos os partidos propõem ou já propuseram a descida da taxa do IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) da eletricidade e do gás, seria muito estranho que não houvesse condições políticas para a sua descida neste Orçamento”, disse aos jornalistas a líder do BE, em Olhão, no Algarve.
Catarina Martins falava à margem de uma visita que efetuou hoje aos mercados da cidade de Olhão, no distrito de Faro, referindo que “existem três motivos essenciais para a descidas do IVA na energia”.
“A eletricidade e o gás são um bem essencial de primeira necessidade, a sua descida tem um efeito enorme na economia e também porque para as famílias quanto menos pagarem na conta da luz, mais fica de salário e de pensão”, indicou.
A líder bloquista defendeu que a descida da taxa do IVA “é essencial e de toda a justiça para as empresas e famílias, sendo o momento de a adotar”.
Para Catarina Martins estão criadas todas as condições políticas e no país para descer a taxa da energia, “até porque, o ministro [das Finanças] Mário Centeno tem vindo a orgulhar-se da consolidação das suas contas públicas e, portanto, há margem para fazer esta descida”.
“É uma medida que o bloco sempre defendeu e que agora é também defendida à direita”, disse Catarina Martins, recordando que “o próprio PS, que votou contra a subida da taxa de IVA, chegou mesmo a propor que pudesse descer o IVA da energia”.
Segundo a coordenadora nacional do BE, a descida do IVA na energia, reúne um largo consenso dos partidos no parlamento, daí não existirem motivos para que não desça a curto prazo.
“O bloco tem toda a vontade negocial para encontrar a melhor proposta em conjugação com outros partidos e acho que é preciso aproveitar agora esta oportunidade, e é de toda a justiça que desça o IVA da energia neste Orçamento do Estado”, sublinhou.
Catarina Martins deslocou-se hoje à cidade de Olhão, visitando os mercados municipais, para, segundo disse, "auscultar os problemas e preocupações da população".
“Para lá das questões importantes de Olhão, há outras que são comuns ao resto do país e que têm a ver com o salário e pensões ainda tão baixas”, indicou.
Para Catarina Martins, Portugal é um país de gente que trabalha muito e que vive com salários e pensões muito baixos e com muito esforço”, alegando que “o país tem condições para aumentar o salário mínimo” para os 750 euros.
“Então não há? A economia cresceu mais do que os salários, nós não nos esquecemos que mal foi possível haver alguma recuperação da economia as empresas aumentaram em cerca de 40% os salários dos seus gestores e dos seus altos quadros, ao mesmo tempo que deixavam os salários dos trabalhadores congelados”, concluiu a coordenadora do BE.
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