Revelada na CMTV por Joana Amaral Dias e depois noticiada em vários órgãos de comunicação, a auditoria da EY (antiga Ernst&Young) à CGD refere que os administradores da instituição receberam "remuneração variável" e "voto de confiança", mesmo com resultados negativos.
"Já pedimos o relatório. Esperemos que ele chegue ao parlamento o mais depressa possível", adiantou Catarina Martins, justificando não conhecer o documento, sendo importante que este possa ser entregue aos deputados.
O BE, segundo a líder do partido, "empenhou-se muito para que as listas de devedores de todos os bancos que tiveram intervenção pública" fossem "entregues ao parlamento, não só da Caixa, mas de todos os bancos".
"Lutamos por ela [informação] porque quem andou a pagar os desaires na banca - e não foi só a CGD - temos que ter conhecimento de tudo o que aconteceu", insistiu, reiterando que aguarda que "todos os documentos cheguem ao parlamento".
Sobre as críticas do presidente do PSD, Rui Rio, que acusou PS, BE e PCP de hipocrisia por terem decidido acabar com a comissão de inquérito à CDG, Catarina Martins foi perentória: "nós participamos em duas comissões de inquérito à CGD, portanto ninguém pode dizer que foi impedida qualquer comissão de inquérito. julgo que isso é falta de informação".
"Como sabem, o PSD inicialmente tentou que só fossem conhecidos os devedores da CGD, mas na verdade os contribuintes portugueses também pagaram o BCP, o BPN, o Banif, o BES e portanto o que nós dizemos é que todos os bancos precisam de prestar contas, os devedores de todos esses bancos", lembrou.
Questionada sobre se não foi estranho que este relatório tenha sido conhecido através de um órgão de comunicação social e que não tenha chegado antes ao parlamento, a líder do BE concordou com esta ideia.
O Governo quer que a administração da Caixa Geral de Depósitos tome "todas as diligências necessárias para apurar quaisquer responsabilidades" nos atos detetados pela auditoria da EY e adote as "medidas adequadas" para defender o património do banco.
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