"A Catarina Martins devia começar por comentar a enorme vergonha, para mim como português, de se apresentar numa manifestação cantando, rindo e batendo palmas enquanto pede a morte de chefes de Estado eleitos democraticamente, de países amigos, como é o caso do Brasil", afirmou o dirigente em declarações à margem de uma iniciativa política no Porto.
Em causa, o cântico entoado na quinta-feira pelo grupo do Bloco de Esquerda (BE)que desfilou na Avenida da Liberdade, em Lisboa, para assinalar o 25 de abril de 1974, altura que algumas figuras do BE foram filmadas a pedir a "Santo António para levar "Bolsonaro para ao pé do Salazar".
À data, o partido explicou que a referência era simbólica.
Nuno Melo comentava a ideia defendida, este sábado, pela coordenadora do Bloco de Esquerda que "considerou "absolutamente chocante" que a Assembleia da República ainda não tenha tomado uma medida de "absoluta sanidade básica" no sentido de impedir que um deputado "possa estar ao mesmo tempo numa sociedade de advogados a montar os esquemas com que alguém vai fugir à lei fiscal aprovada no país".
Para Catarina Martins, "esta decisão é urgente e tem de ser tomada nos próximos tempos".
Para o vice-presidente do CDS-PP, o Bloco utiliza estes temas quando "lhe dá jeito".
"Perceber que alguém que é líder de um partido que vem com essa conversa quando lhe dá jeito como veio com a gentrificação e com a especulação imobiliária para ter no Ricardo Robles a pior dessa especulação, tal como vem com essa conversa em relação aos advogados, mas depois em relação a chefes de Estado de países amigos e tão relevantes do ponto de vista geopolítico para nós desejando-lhe a morte, rindo de forma caricata, batendo palmas enquanto cantam esse pedido de morte isso é que Catarina Martins se devia concentrar", defendeu.
E não apenas ela, continuou, a Catarina Martins como a "Marisa Matias que do seu lado, ria muito enquanto pediam a morte do Presidente Bolsonaro, isso sim devia preocupar-se", concluiu.
A Lusa tentou obter uma reação do Bloco de Esquerda, mas até ao momento sem sucesso.
Nuno Melo, também cabeça de lista às eleições europeias de 26 de maio, e Pedro Mota Soares participaram hoje, no Porto, numa ação de sensibilização para a práticas ambientais, sob o lema "Vem limpar a praia connosco/proteger o nosso Mar".
Em declarações aos jornalistas, o dirigente criticou a taxa de execução do programa "Mar2020", que de acordo com o eurodeputado "é miserável".
"O Mar2020 é um fundo que Portugal tem à sua disposição que devia utilizar e que está miseravelmente utilizado. Nós temos, neste momento, uma taxa de execução que rondará os 20% num final de um programa operacional que é de 2014 - 2020", observou, assumindo como compromisso a defesa do alargamento da componente de limpeza de materiais poluentes nos programas operacionais.
No dia em que se realizam eleições gerais em Espanha, Nuno Melo desejou que aquele país possa encontrar estabilidade política e partidária, fator que considera ser importante para os bons resultados da economia Portuguesa.
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