“O CDS recorda-se bem de o senhor primeiro-ministro ter declarado ao país que queria ter voz grossa em Bruxelas. O que nós não queremos é que essa voz se torne rouca e que o nosso país possa manter os níveis de fundos de coesão que são fundamentais à manutenção do investimento e, sobretudo, ao segundo pilar da PAC, que diz respeito a um setor que é fundamental em Portugal, como o da nossa agricultura”, afirmou o líder centrista.

Francisco Rodrigues dos Santos observou que, “com a saída do Reino Unido, um dos principais contribuintes líquidos da União Europeia, terá que haver um reajustamento no próximo quadro financeiro plurianual”, e manifestou que os democratas-cristãos esperam que o Governo português tenha uma “voz firme” na negociação do próximo Quadro Comunitário Plurianual.

“O CDS está altamente comprometido em que os níveis de contribuição por parte dos estados-membros possam entroncar nas expectativas de todos os portugueses num Governo que tem uma voz firme, comprometida em contribuir para o desenvolvimento e mitigar as disparidades nacionais e regionais no seio da União Europeia”, assinalou.

Francisco Rodrigues dos Santos falava aos jornalistas na residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, onde se reuniu com o socialista António Costa no âmbito da Cimeira dos Amigos da Coesão, marcada para sábado, em Beja.

Com o novo líder estava Filipe Anacoreta Correia, presidente da mesa do Conselho Nacional, e António Carlos Monteiro.

O presidente do CDS aproveitou para assinalar que este foi o primeiro encontro da nova liderança com o primeiro-ministro, e salientou que o partido que lidera “é oposição ao Governo socialista, sendo certo que não fará da sua ação política uma chuva estéril de críticas e de protesto”.

“O CDS manterá os padrões da urbanidade, da crítica construtiva, de apresentação de alternativa ao socialismo em Portugal, mas não será um obstáculo ao desenvolvimento do país, nem fará oposição ao interesse público”, acrescentou.