Depois de, na terça-feira, o CDS-PP ter requerido a antecipação para a próxima semana da comissão permanente da Assembleia da República, hoje fonte do gabinete do presidente do parlamento adiantou que “o pedido não está em condições de ser deferido por razão regulamentar”.
A reunião comissão permanente da Assembleia da República está agendada para 06 de setembro.
"Não vamos desistir desta ideia. Eu tenho uma resposta com dúvidas regimentais por parte do presidente da Assembleia da República, que tenho alguma dificuldade em compreender. Junto com isso, temos uma resposta do PS que, para além de dúvidas regimentais também, considera não haver qualquer urgência em convocar essa reunião", disse o vice-presidente da bancada democrata-cristã, Telmo Correia, em declarações aos jornalistas no parlamento.
Contudo, acrescentou, apesar de para o PS nada ser urgente, o CDS-PP considera existir uma "situação urgente e dramática para muitos portugueses" de "caos e colapso de serviços públicos", nomeadamente na ferrovia e urgências hospitalares
"Constatámos que o PS vai ter brevemente a sua ‘Festa de Verão' e utilizará um ‘comboio especial’. É normal e natural que quem tem comboios especiais, não sei se com ‘catering’ ou sem, provavelmente, com ar condicionado, não esteja preocupado com a situação dos portugueses, que é de comboios que não existem, não funcionam em condições e, muitos deles, foram suprimidos", disse, segurando um cartaz alusivo ao evento socialista, marcado para sábado, em Caminha, Viana do Castelo.
No artigo 6.º do regulamento da comissão permanente da Assembleia da República, relativo às reuniões, é referido que "salvo deliberação em contrário, a comissão permanente tem reunião ordinária no início do mês de setembro, em dia e hora a fixar pela conferência de líderes".
"A comissão permanente pode reunir extraordinariamente por convocação do presidente da Assembleia, por sua iniciativa ou a requerimento de qualquer grupo parlamentar, devendo neste caso ser ouvida a conferência de líderes", lê-se ainda no regulamento, não havendo qualquer referência à possibilidade de antecipação da comissão permanente.
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