“Impõem-se que a Câmara intervenha urgentemente para evitar que a degradação das casas camarárias continue. Intervenha das formas que entender melhor, mas intervenha eficazmente e rapidamente de forma a dar garantia às dezenas de famílias que vivem no bairro em boas condições, mas que neste momento se sentem inseguras por falta desta intervenção da Câmara [do Porto] no seu próprio património”, declarou à agência Lusa Ilda Figueiredo, no final desta manhã, após uma visita ao Bairro Social da Arrábida para ouvir os moradores daquela zona.

A vereadora da CDU na Câmara do Porto descreve que o bairro, que foi construído há cerca de 50 anos, aquando da construção da Ponte da Arrábida, apresenta-se com 15 casas do património da Câmara do Porto que estão ao abandono e vandalizadas e que os moradores sentem medo de ali viverem.

“A Câmara não está a alugar as casas, nem as vende e o que acontece é que, cerca de 15 casas que eram boas, estão abandonadas, diversas estão a ser vandalizadas, com roubo de materiais e com perigos sérios para os outros moradores, porque ao vandalizarem as casas abandonadas os outros moradores ficam também ameaçados de vandalismo e até de assaltos”, declarou Ilda Figueiredo.

A situação é “gravosa” para todos os moradores, o bairro "está ao abandono pela Câmara do Porto", conta a vereadora referindo também que há “dificuldades nos acessos”, “degradação dos arruamentos” e “má iluminação”.

À margem da visita que Ilda Figueiredo realizou hoje ao Bairro Social da Arrábida, a vereadora referiu ainda que a Câmara Municipal do Porto deve procurar saber quais os terrenos que foram expropriados naquela zona da Arrábida e que serão de domínio público aquando da construção da Ponte da Arrábida.

“Nós não sabemos exatamente e essa é uma informação importante que a Câmara deve tentar junto do Governo, saber quais foram os terrenos que foram expropriados e que serão de domínio público aquando da construção da [Ponte] da Arrábida e isso preocupa-nos, naturalmente”, disse a vereadora comunista, advertindo que podem até estar a ser ocupados sem que se saiba.

“É com preocupação que vemos toda esta situação, tanto mais que há uma proposta para adiamento por três anos do Plano Diretor Municipal e que vai à próxima reunião de Câmara”, conclui.

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