
Esta homenagem da Câmara de Lisboa a Celeste Caeiro consistirá no descerramento de uma placa, na confluência da Rua do Carmo com o Rossio, numa cerimónia que terá lugar a partir das 12:30, segundo informa a autarquia na sua página da internet.
Celeste Caeiro, que morreu em 15 de novembro do ano passado, já tinha sido homenageada em fevereiro deste ano pela Câmara de Lisboa, que lhe entregou, também a título póstumo, a Medalha de Honra da Cidade, sendo que um mês depois recebeu do Presidente da República o grau de oficial da Ordem da Liberdade.
Em 25 de abril de 1974, Celeste Caeiro (1933-2024) ofereceu a um militar um cravo, que este colocou no cano da espingarda, gesto que a mulher repetiu com outros soldados, em Lisboa, e que se tornaria no símbolo da revolução.
Contactada pela agência Lusa, Carolina Caeiro Fontela, neta de Celeste Caeiro, confessou sentir um “misto de sensações” com a homenagem que está a ser preparada pela Câmara de Lisboa para a sua avó, que ficou conhecida como a “Celeste dos Cravos”.
“É um misto de sentimentos porque gostava que isto tivesse sido feito com a minha avó viva. Gostava que ela tivesse visto, mas é uma alegria enorme porque é uma cidade que eu gosto muito. É a cidade onde a minha avó nasceu, onde cresceu”, sublinhou.
Questionada sobre se este tipo de homenagens ajuda a “perpetuar a memória da avó”, Carolina Fontela respondeu que a imagem dos cravos já é hoje suficientemente forte para evocar Celeste Caeiro, ainda que “indiretamente”.
“Acho que a memória dela vai ficar sempre marcada. Todos os anos vemos a cerimónia na Assembleia da República e estão todos com cravo ao peito. As pessoas estão a comemorar com cravos. Mesmo que as pessoas não saibam porquê vão sempre, mesmo que indiretamente, ter o nome de Celeste espalhado por aí”, afirmou.
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