Os números das urgências por triagem de Manchester, que determina o grau de prioridade clínica, indicam que quase 2,2 milhões dos atendimentos receberam pulseira verde ou azul, sendo considerados pouco urgentes ou não urgentes, segundo dados disponíveis no portal da Transparência do SNS analisados pela agência Lusa.
A atribuição do verde e do azul como prioridade clínica significa que os utentes poderiam ser encaminhados para outros serviços de saúde, como os cuidados primários.
Os 40% de atendimentos em urgência hospitalar que em 2018 não foram considerados realmente urgentes aquando da triagem estão em linha com a proporção que se tem verificado nos últimos anos.
O Ministério da Saúde divulgou na quinta-feira números que exibem que as urgências hospitalares registaram uma subida ligeira em 2018, num total de 6,36 milhões de atendimentos, depois de no ano de 2017 se ter verificado uma redução.
A análise da agência Lusa aos dados do portal do SNS sobre a proporção na atribuição de prioridades teve em conta os 5,5 milhões de atendimentos com uma das cinco cores da triagem de Manchester, uma vez que há casos sem pulseira atribuída e outros com pulseira branca (recebidos por razões administrativas ou casos clínicos específicos).
As cores da triagem de Manchester são vermelho (emergente), laranja (muito urgente), amarelo (urgente), verde (pouco urgente) e azul (não urgente).
Os dados de 2018 mostram que a cor amarela foi a pulseira mais vezes atribuída nas urgências no ano passado, com 2,6 milhões de atendimentos.
A atribuição de prioridade laranja – casos muito urgentes – foi dada a menos de 600 mil atendimentos num total de 6,3 milhões, enquanto a vermelha foi atribuída em 20.500 casos.
De acordo com os números do portal do SNS, houve ainda no ano passado mais de 700 mil atendimentos sem triagem de Manchester efetuada e cerca de 160 mil casos com atribuição de pulseira branca.
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