A concentração, em frente ao Ministério da Administração Interna, coincide com o debate que hoje se realiza entre os líderes do PS, Pedro Nuno Santos, e do PSD, Luís Montenegro, para as eleições antecipadas de 10 de março.
Em declarações à Lusa, o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), César Nogueira, afirmou que realizar a concentração em dia de debate entre os dois prováveis futuros primeiros-ministros de Portugal “não é coincidência”.
O objetivo é que o problema das forças de segurança seja discutido e esteja na ordem do dia.
César Nogueira disse também que os elementos das forças de segurança não vão parar com os protestos até que seja atribuído um suplemento de missão idêntico ao da PJ, antevendo que os primeiros meses do próximo Governo sejam de muita contestação.
O porta-voz da plataforma que congrega os sindicatos da PSP e associações da GNR, Bruno Pereira, disse à Lusa que a escolha da Praça do Comércio para a concentração também está relacionada com o simbolismo do local, onde se encontra o Ministério da Administração Interna.
Os elementos da PSP e da GNR estão em protesto há mais de um mês para exigir um suplemento idêntico ao atribuído à PJ.
A concentração de hoje acontece depois de a plataforma ter organizado manifestações em Lisboa e no Porto, que juntaram milhares de elementos das forças de segurança e que foram consideradas as maiores de sempre, e vigílias nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Ponta Delgada e Funchal, além do porto marítimo de Lisboa.
Segundo a plataforma, às 18:30 estavam concentrados cerca de 3.000 polícias, mas ainda são esperados mais elementos da PSP e da GNR para a concentração, em que muitos dos manifestantes vestem camisola preta, sendo ainda visíveis algumas bandeiras de Portugal e dois grandes cartazes onde se lê: “Polícia Unida”.
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