O corpo da escritora ficará em câmara ardente na Sé Catedral do Porto, a partir das 10:30, as “exéquias solenes" serão celebradas às 16:00, pelo bispo do Porto, seguindo depois o funeral para o Cemitério do Peso da Régua, onde a escritora será sepultada “na intimidade da família”.

Agustina Bessa-Luís nasceu em 15 de outubro de 1922, em Vila Meã, Amarante, e morreu na segunda-feira, no Porto, aos 96 anos.

Agustina. Morrer é só o princípio de um novo tudo
Agustina. Morrer é só o princípio de um novo tudo
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A autora de “A Sibilia” e “Conversações com Dmitri” foi Prémio Camões e Prémio Vergílio Ferreira, e recebeu por duas vezes o Grande Prémio de Romance e Novela, da Associação Portuguesa de Escritores, por "Os Meninos de Ouro" e "O Princípio da Incerteza I - Joia de Família".

Autora de mais de 60 títulos, foi condecorada como Grande Oficial da Ordem de Sant'Iago da Espada, de Portugal, em 1981, elevada a Grã-Cruz em 2006, e ao grau de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras, de França, em 1989, tendo recebido a Medalha de Honra da Cidade do Porto, em 1988.

O Governo decretou para hoje um dia de luto nacional, pela morte da escritora.

“Com uma obra vasta e transversal, Agustina Bessa-Luís marcou decisivamente a literatura portuguesa da segunda metade do século XX, sendo o seu legado sinónimo de um percurso pessoal e autoral único, que continuará, certamente, a enriquecer gerações de leitores e a influenciar o percurso de jovens autores”, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros extraordinário.

Na nota, o Governo refere ainda que “a República Portuguesa e, muito em especial, toda a literatura que se expressa em português é-lhe, pois, devedora de uma longa e incondicional dedicação à criação literária e do seu exemplar contributo para o prestígio cultural de Portugal”.