Um dia depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter promulgado o decreto do Governo, que contabiliza apenas dois anos, nove meses e 18 dias, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, apela a um entendimento entre os partidos políticos sobre a recuperação do tempo de serviço dos professores.
Convidado a comentar esta promulgação e o apelo da Fenprof, Arménio Carlos considerou hoje que "a questão coloca-se na Assembleia da República", impelindo os partidos políticos a "passarem das palavras aos atos".
"Houve uma resolução, um Orçamento que foi aprovado em 2018, que apontava a solução que era o reconhecimento de toda a carreira. Agora é preciso passar das palavras aos atos e nada melhor do que na Assembleia da República darem sequência à proposta da Fenprof. Se houver a mesma vontade política que houve para resolver o problema dos bancos privados, é possível concretizar isto", disse o secretário-geral da CGTP.
Arménio Carlos, que falava aos jornalistas à margem da assembleia-geral de delegados sindicais do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte, que esta tarde decorre no Porto, analisou a proposta da Fenprof e disse que "há cada vez mais razões para lutar".
"A proposta corresponde apenas e só à aplicação do valor em 2019, mas tem a abertura para que a aplicação dos nove anos, quatro meses e dois dias de reconhecimento da carreira possa ser feita ao longo dos anos. Mantemos a ideia muito forte se tínhamos razões há um ano para lutar, agora temos ainda mais razões. Há trabalhadores na função pública que estão a ser desrespeitados", concluiu.
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