“Cada um dos Estados-membros da UE partilha a opinião de que o acordo não é perfeito, mas que devemos manter-nos nele e prosseguir as negociações com o Irão sobre outros temas, como os mísseis balísticos”, disse à entrada para a Cimeira União Europeia-Balcãs, em Sófia.
O acordo nuclear do Irão foi um dos temas debatidos na quarta-feira à noite, num jantar informal que reuniu os chefes de Estado e de Governo do bloco comunitário na capital da Bulgária.
O Presidente francês, que chegou ao Palácio Nacional da Cultura de Sófia ladeado por Merkel e pela primeira-ministra britânica, Theresa May, reforçou a mensagem da chanceler alemã.
“Há uma união muito forte entre três países, que são a França, a Alemanha e o Reino Unido, mas ontem constatámos uma verdadeira união europeia para enaltecer o nosso envolvimento neste quadro”, revelou.
Emmanuel Macron sublinhou que a Europa está unida na vontade de construir a paz e a estabilidade na região, e que o acordo nuclear de 2015 é “um elemento importante nesse equilíbrio”.
“Pretendemos orientar todas as partes a prosseguir as negociações para um acordo mais amplo indispensável. É o que defendo desde setembro. O acordo de 2015 deve ser completado com um acordo sobre o nuclear pós-2025, que inclua as atividades balísticas e a presença regional”, sustentou.
Os europeus pretendem contribuir com o seu “envolvimento político”, para garantir que as empresas europeias possam manter-se no Irão.
O Presidente Donald Trump anunciou na semana passada que os Estados Unidos abandonam o acordo nuclear assinado em 2015 entre o Irão e o grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança – Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido — e a Alemanha).
Nos termos do acordo, Teerão aceitou congelar o seu programa nuclear até 2025.
Os partidários do acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano asseguram que este acordo é a melhor garantia para impedir que o Irão se dote da bomba atómica.
A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, tem reiterado a determinação da Europa de cumprir o acordo nuclear com o Irão.
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