Em entrevista à emissora RTL, Jean-Yves Le Drian estimou entre 600 e 700 o número de franceses que combatem nas fileiras do EI no Iraque, destacando que as crianças, que serão poucas, estão protegidas pela Convenção da ONU sobre os menores, pelo que decorrem trabalhos para que possam ser repatriadas.
O chefe da diplomacia francesa insistiu que os homens e mulheres que lutaram contra as forças iraquianas “devem ser julgados pela justiça iraquiana”, ainda que com a devida assistência por parte das representações diplomáticas de França.
Neste âmbito, Le Drian sublinhou que esses franceses que “integram o exército terrorista do DAESH [acrónimo em árabe do Estado Islâmico] — à semelhança dos demais — não vão a Mossul para “fazer turismo”.
Na mesma entrevista, o chefe da diplomacia francesa afirmou que o EI “está a ser derrotado” tanto no Iraque como na Síria.
Relativamente ao Iraque, onde esteve no passado fim de semana, Le Drian considerou que o importante agora é “restabelecer uma certa serenidade que passa pelo respeito pelas diferentes comunidades”.
Já sobre a Síria, referiu que uma vez derrotado o grupo extremista, restará “um único conflito” entre o regime do Presidente Bashar al-Assad e grupos da oposição. Nesse caso, a questão passa por saber “como se pode levar a cabo a transição política”.
Ainda que o Presidente de França, Emmanuel Macron, tenha defendido que a saída do poder de Assad não constitui uma condição prévia, Le Drian advertiu que no termo da transição o Presidente sírio “não pode ser a solução” para o país.
“Essa transição não pode fazer-se com Bashar al-Assad, que assassinou uma parte do seu povo e levou vários milhões de sírios a fugir do país”, argumentou.
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