“Instamos (o Secretário-Geral da NATO) a deixar de culpar os outros e de semear a discórdia, e a não deitar ‘achas para a fogueira'”, disse Lin Jian, porta-voz da diplomacia chinesa.
Lin Jian, numa conferência de imprensa de imprensa em Pequim, sugeriu que Stoltenberg deve “fazer algo de concreto para uma resolução política da crise”, referindo-se à guerra na Ucrânia.
O Presidente chinês Xi Jinping está a tentar “dar a impressão de que se está a afastar deste conflito, para evitar sanções e manter os fluxos comerciais”, disse Stoltenberg durante uma visita aos Estados Unidos, o principal apoiante militar da Ucrânia.
“A realidade é que a China está a alimentar o maior conflito armado na Europa desde a Segunda Guerra Mundial e, ao mesmo tempo, quer manter boas relações com o Ocidente”, disse o líder da NATO.
“A menos que a China mude de rumo, os aliados vão ter de impor um preço. Deve haver consequências”, defendeu Stoltenberg.
A República Popular da China afirma-se neutra no conflito mas nunca condenou a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022 e, desde o início da guerra, recebeu o Presidente russo Vladimir Putin em diversas ocasiões.
Relativamente à questão da Ucrânia, Pequim apela regularmente ao respeito pela integridade territorial de todos os países, o que inclui implicitamente a Ucrânia, mas também apela à consideração das preocupações de segurança da Rússia.
No passado fim de semana, a República Popular da China não participou na conferência de paz sobre a Ucrânia organizada na Suíça, sobretudo porque a Rússia não se fez representar.
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