“A China está a tentar voltar ao trabalho depois de impor restrições apertadas ao transporte e mobilidade das pessoas como forma de conter a propagação do vírus”, disse Xin, em conferência de imprensa, em Pequim.

As medidas, apesar de “incomuns”, permitiram ao país “conter a epidemia de forma preliminar”, segundo o vice-ministro. “Voltar ao trabalho, retomar a produção e a atividade comercial é essencial e está a ser feito de maneira coordenada”, afirmou.

Fora de Hubei, a taxa de negócios que já retomaram atividade, entre as grandes e as pequenas e médias empresas é de 95% e 60%, respetivamente, segundo o responsável.

Embora tenha descrito o momento atual como “positivo”, ele reconheceu que as empresas chinesas ainda enfrentam “escassez de fundos, de pessoal e de fornecimento”.

“Em geral, a eficiência da operação da cadeia industrial é baixa”, admitiu Xin, acrescentando que “a disseminação do vírus pelo mundo está a criar muitas incertezas quanto ao retorno ao trabalho na China”.

“A China vai coordenar com outros países para promover o retorno à atividade”, afirmou.

“Faremos todo o possível para minimizar o impacto da epidemia e garantir que o desempenho industrial se fixe no nível certo”, acrescentou.

Apesar dos dados oficiais, a atividade económica na China está longe de voltar ao normal, com grande parte da população a trabalhar a partir de casa e muitos escritórios e instalações comerciais encerrados.

O Governo central vai ainda enviar pessoal para algumas regiões e províncias para “monitorizar” o progresso na retoma do trabalho e da produção, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.

A China anunciou na quinta-feira que o pico da epidemia no país foi atingido, mas ainda não suspendeu as rigorosas medidas de prevenção que mantêm grande parte da população em casa.

Até à meia-noite de quinta-feira (16:00 horas de quarta-feira, em Lisboa), o número de mortos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, subiu em 7, para 3.176. No total, o país soma 80.813 infetados.

No entanto, o país registou hoje apenas oito novos casos de infeção pelo Covid-19, o número mais baixo desde que iniciou a contagem diária, em janeiro, confirmando uma queda no número de novos infetados.

O surto de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.900 mortos, entre mais de 131 mil pessoas infetadas numa centena de países e territórios.