Os dois países divulgaram um comunicado conjunto no final da visita de Estado de três dias que o presidente iraniano, Ebrahim Raisí, fez à China, a convite do seu homólogo chinês, Xi Jinping.
“Os dois chefes de Estado reiteraram que desenvolver um relacionamento estratégico próximo é uma escolha histórica feita pela China e pelo Irão, como duas civilizações antigas do leste e do oeste da Ásia”, refere o comunicado.
O documento acrescenta que a China e o Irão estão empenhados em “reforçar” as suas relações bilaterais e que Pequim apoia o país persa a desempenhar um “maior” papel nos assuntos internacionais e regionais.
“A China opõe-se firmemente às forças externas que interferem nos assuntos internos do Irão”, lê-se na declaração conjunta, que reafirma o apoio do Irão à política “Uma só China”, vista por Pequim como uma garantia da sua soberania sobre Taiwan.
O documento também condena “todas as formas de terrorismo” e opõe-se a “padrões duplos” na luta contra o terrorismo ligado a “grupos étnicos e religiões específicas”.
Sobre questões de Direitos Humanos, Pequim e Teerão assinalaram que estas devem “ser integradas nas condições reais de cada país”, tendo em conta as diferentes “culturas, História, sistemas sociais e níveis de desenvolvimento económico”.
As duas partes também assinaram uma série de documentos de cooperação bilateral que abrangem áreas como a agricultura, comércio, turismo, proteção ambiental, cultura ou desporto.
Os dois países concordaram em realizar em Teerão, este ano, a 18ª reunião da Comissão Económica e Comercial Conjunta China – Irão.
A China é o principal parceiro comercial do Irão.
Nos últimos 10 meses, as exportações do país asiático para o Irão ascenderam a 12,6 mil milhões de dólares (11,7 mil milhões de euros), enquanto as compras a Teerão se fixaram em 12,7 mil milhões de dólares (11,8 mil milhões de euros), segundo dados das alfândegas iranianas.
Nos últimos anos, Pequim expressou repetidamente a sua oposição às sanções impostas ao Irão pelos Estados Unidos e o seu apoio à retoma das negociações para implementar o acordo nuclear com o Irão, abandonado unilateralmente por Washington, em 2018.
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