A China reivindica o controlo das ilhas desabitadas, conhecidas como Senkaku em japonês e Diaoyu em chinês. Taiwan também reivindica as ilhas, que chama de Diaoyutai, mas assinou acordos com o Japão que permitem aos pescadores aceder às águas em redor do arquipélago.
A China patrulha regularmente navios e aviões da guarda costeira aquelas águas e o espaço aéreo para obrigar os navios japoneses a retirarem-se da área, ao que o Japão tem respondido com o envio de aviões militares.
Na quarta-feira, um porta-voz da guarda costeira chinesa disse que navios “expulsaram algumas embarcações japonesas que entraram ilegalmente nas águas territoriais” do país, sublinhando tratar-se de uma operação de rotina para salvaguardar a soberania e os interesses marítimos da China.
A guarda costeira do Japão disse que os navios da guarda costeira chinesa estavam a violar águas territoriais japonesas ao redor das ilhas e foram repetidamente avisados para regressarem a águas internacionais e não se aproximarem de barcos de pesca japoneses.
Entretanto, o Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, chegou a Tóquio para uma cimeira com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, destinada a reparar as relações e a consolidar uma cooperação trilateral em matéria de segurança com os Estados Unidos e uma frente unida face à Coreia do Norte e à China.
A ação de navios militares da China nas águas ao redor daquelas ilhas foi destaque nas conversações, em janeiro, em Washington, entre Kishida e o Presidente norte-americano, Joe Biden, numa altura em que Japão está a aumentar drasticamente os gastos com a defesa e a tentar construir uma aliança de segurança.
Os Estados Unidos também estão a reforçar alianças no Indo-Pacífico, incluindo fornecer à Austrália submarinos movidos a energia nuclear, obter maior acesso a bases nas Filipinas e aumentar a cooperação de defesa com Taiwan.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.
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