A mesma fonte adiantou que os atos de corrupção estão relacionados com ações de fiscalização.
Um comunicado conjunto do Ministério Público e da PJ, que não identifica os detidos como inspetores da ASAE, adianta que em causa está a transmissão de informações privilegiadas a donos de estabelecimentos comerciais.
O comunicado refere que, alem das detenções, a operação policial - denominada "Iceberg" - visou cumprir sete mandados de busca, de que resultou a recolha de "vastos elementos probatórios relacionados com a prática criminosa sob investigação".
"Está em causa a suspeita de transmissão de informações privilegiadas a proprietários e trabalhadores de estabelecimentos comerciais, designadamente de restauração, recebendo contrapartidas monetárias e outros tipos de gratificações", refere o comunicado, adiantando que a operação foi executada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ, no âmbito de dois inquéritos dirigidos pelo Departamento de Investigação e Ação penal (DIAP) Regional de Lisboa.
A ação policial desenrolou-se em Lisboa, Vila Franca de Xira, Amadora, Cacém e Fernão Ferro, no concelho do Seixal, e contou com a participação de cerca de 40 inspetores e peritos da Polícia Judiciária.
Os cinco suspeitos serão ouvidos em primeiro interrogatório na quarta-feira no DIAP Regional de Lisboa.
"A investigação, que se encontra em segredo de justiça, prossegue agora no sentido de apurar a dimensão cabal das situações de benefício ilícito e das respetivas contrapartidas desta prática criminosa e, bem assim, da existência de outros comparticipantes", conclui o comunicado.
(Artigo atualizado às 19:43)
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