Judith Garber falava na 23.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP23), que decorre em Bona, na Alemanha.
"O Presidente Trump indicou claramente a posição dos Estados Unidos quanto ao Acordo de Paris", afirmou.
Garber referiu, no entanto, sem precisar, que os Estados Unidos estão "abertos à ideia de voltar mais tarde" ao acordo de 2015 sobre redução das emissões de gases poluentes, "em termos mais favoráveis para o povo norte-americano".
A representante máxima dos Estados Unidos na conferência alegou que os Estados Unidos "vão continuar a ser líderes na energia limpa e inovação e empenhados em mitigar as emissões de gases com efeito de estufa" através do aumento da energia sustentável e da eficiência energética.
Sem afastar a dependência do país do carvão, Judith Garber manifestou o apoio dos EUA à energia mais limpa e eficiente, "independentemente da fonte".
"Os princípios que nos guiam são o acesso universal a uma energia segura, e mercados livres e competitivos que promovam a eficiência e a segurança energéticas, não apenas para os Estados Unidos", sustentou.
O carvão é a principal fonte de energia elétrica do mundo, mas a mais prejudicial para o clima e a qualidade do ar, estando, por isso, no centro do combate ao aquecimento global.
Vinte e cinco países, estados federais, províncias e cidades, incluindo Portugal, França e o estado norte-americano de Washington, juntaram-se na "aliança para a saída do carvão", lançada hoje na COP23 sob iniciativa do Reino Unido e do Canadá.
Todos os membros da aliança comprometeram-se a acabar gradualmente com as centrais de carvão, embora em prazos diferentes.
Ao subscrever a declaração da aliança, o estado norte-americano de Washington isola-se da posição do governo federal e da iniciativa do Presidente, Donald Trump, de sair do acordo climático de Paris.
Portugal assumiu o compromisso de encerrar as duas centrais produtoras de eletricidade a carvão, em Sines e no Pego, até 2030, segundo o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes.
Apesar das metas fixadas, os países da "aliança para a saída do carvão" representam uma pequena parte do consumo de carvão, concentrado na Ásia, nomeadamente em países como China e Índia, que não aderiram ainda à aliança.
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