A esperança de acabar com a pandemia ganhou mais um impulso nesta terça-feira, depois do centro de pesquisas Gamaleya, em Moscovo, ter anunciado que a sua vacina contra a covid-19, a Sputnik V, tem eficácia de 95%.
Tratam-se de resultados preliminares obtidos 42 dias depois da injeção da primeira dose injetada em voluntários, segundo um comunicado conjunto deste instituto e das autoridades russas. No entanto, não foi especificado o número de casos no quais se baseou o estudo para a tal eficácia de 95%.
Por outro lado, a farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford anunciaram, na segunda-feira, que a sua vacina tem uma eficácia média de 70%, depois de ter sido testada em 23 mil pessoas.
Dias antes, tanto um projeto conjunto da americana Pfizer e a alemã BioNTech como a Moderna anunciaram uma eficácia de mais de 90% nas vacinas produzidas.
Um mundo que espera a vacina para poder avançar
Em Bruxelas, a União Europeia anunciou que assinará, nesta quarta-feira, um contrato com o laboratório Moderna para assegurar 160 milhões de doses da sua vacina contra a covid-19.
Em França, Macron mostrou-se otimista sobre a possibilidade de obter as primeiras vacinas já no fim de dezembro ou no começo de janeiro.
O governo de Espanha também já anunciou que poderá começar a vacinação em janeiro e que os trabalhadores da área da saúde e funcionários de lares de idosos terão prioridade.
Já no México, o governo disse que poderá receber em dezembro as primeiras doses da vacina da Pfizer e da BioNTech, caso os últimos processos para a sua total aprovação cumpram os prazos previstos.
Ao mesmo tempo, a companhia aérea australiana Qantas anunciou que os viajantes internacionais terão de se apresentar vacinados contra a covid-19 de maneira a poderem embarcar nos seus aviões. O Diretor-Executivo da Qantas, Alan Joyce, prevê que esta norma se generalize em todo o mundo, numa altura em que governos e companhias aéreas estudam a possibilidade de introdução de passaportes eletrónicos de vacinação.
França e Reino Unido anunciam possível suspensão de algumas restrições
Com esperança de dias melhores, alguns países pensam já num alívio das medidas, de forma a retomar alguma normalidade, principalmente nas épocas festivas que se aproximam.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que os estabelecimentos comerciais não essenciais poderão reabrir a partir de sábado e que o governo avalia suspender o '"lockdown", adotado há quase um mês, a partir de 15 de dezembro.
"Poderemos voltar a deslocar-nos sem precisar de uma autorização, inclusive entre regiões, e passar o o Natal em família", disse Macron, que esclareceu ainda que serão mantidas várias restrições para evitar uma terceira onda de contágios.
Em França, bares e restaurantes permanecerão, assim, fechados até janeiro e, após o fim do confinamento, será também imposto um recolher noturno, em vigor entre as 21:oo e as 07:oo, com a exceção das noites de 24 e 31 de dezembro.
Já no Reino Unido, foi também anunciado pelas autoridades que as restrições impostas poderão ser flexibilizadas no Natal e no final do ano.
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