"As informações obtidas durante a investigação preliminar revelaram que uma grande explosão atingiu um dos nossos postos nas proximidades do aeroporto internacional de Damasco, matando o irmão comandante Mustafa Badreddine e deixando outras pessoas feridas", afirma uma nota do movimento, que luta contra os rebeldes na Síria em aliança com as tropas do regime de Bashar al-Assad. "Vamos prosseguir com a investigação para determinar a natureza e as causas da explosão, e saber se foi provocada por um bombardeamento aéreo, um míssil ou por um disparo de artilharia", completa o comunicado.

A organização anunciou num breve comunicado a morte de Badreddine, um dos cinco acusados dentro do movimento xiita pela organização do assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafic Hariri. "Há poucos meses ele disse: 'não vou voltar da Síria, a não ser como mártir, ou com a bandeira da vitória'. Este é o comandante Mustafa Badreddine, que hoje voltou como mártir", informou o Hezbollah numa nota divulgada no seu canal de TV Al-Manar.

Badreddine comandava a organização na Síria, onde a guerra entre as tropas de Damasco, rebeldes e jihadistas tem mais de cinco anos. Substituiu no cargo de comandante militar Imad Moughniyeh, assassinado em 2008 em Damasco. O Hezbollah atribuiu o assassinato a Israel, que negou qualquer envolvimento. 

O Hezbollah, inimigo declarado de Israel, é considerado uma "organização terrorista" pelo governo do Estados Unidos.