Este será também o ano em que o dia da Implantação da República volta a ser feriado, depois de ter sido eliminado em 2013.
Será igualmente a primeira vez que o primeiro-ministro, António Costa, participa nas cerimónias como chefe do executivo.
A cerimónia na câmara de Lisboa terá início pelas 11:15, quando o Presidente da República hastear a bandeira nacional na varanda do salão nobre dos Paços do Concelho, ao som do hino nacional, tocado pela banda da GNR.
Depois, no exterior do edifício, o presidente da Câmara de Lisboa fará uma intervenção, seguida do discurso do Presidente da República. A cerimónia termina com o desfile das forças em parada.
A assistir às cerimónias na Praça do Município estarão o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, e a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas. A nível parlamentar, pelo PS, BE, e PCP estarão presentes os líderes das bancadas, respetivamente Carlos César, Pedro Filipe Soares e João Oliveira. Os representantes do PEV e do PAN no parlamento não irão à cerimónia por razões de agenda.
Já depois da cerimónia na Praça do Município, o Presidente da República terá uma agenda cheia, seguindo logo de seguida para uma visita à sede da Liga dos Combatentes. À tarde, Marcelo Rebelo de Sousa irá à cerimónia militar de entrega de Espadas na Academia Militar, visitará uma mercearia social, terminando o dia com a cerimónia de imposição de condecorações no Palácio de Belém, condecorando o histórico dirigente socialista Manuel Alegre, o ex-presidente do Tribunal de Contas Guilherme d'Oliveira Martins e o ex-presidente do Tribunal Constitucional Joaquim Sousa Ribeiro.
Pelas 16:00, o primeiro-ministro preside ainda à inauguração das novas instalações da Junta de Freguesia de Marvila.
Também à tarde, o Bloco de Esquerda irá organizar um passeio temático pelos locais históricos da I República, iniciativa que culminará com uma "sessão pública" no Jardim do Torel, com a coordenadora do partido Catarina Martins, Pedro Filipe Soares e Fernando Rosas.
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, estará em Almada, onde participa a partir das 15:20 num comício na Academia Almadense.
À noite, o secretário-geral do PS, António Costa, estará no tradicional jantar socialista comemorativo do 5 de Outubro, em Alenquer.
Depois de em 2006 o então Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, ter decidido levar as cerimónias do 5 de Outubro para a ‘rua', transferindo os discursos do salão nobre dos Paços do Concelho para a Praça do Município, ao longo dos últimos dez anos o ‘modelo' foi sofrendo algumas alterações.
Em 2009, ano de eleições autárquicas, o Presidente da República não esteve presente na câmara municipal e organizou uma pequena cerimónia no Jardim da Cascata, no Palácio de Belém.
Em 2010 e 2011, os discursos regressaram à Praça do Município, mas em 2012, pela primeira vez desde 1910, a cerimónia decorreu fora da câmara, tendo sido escolhido o Pátio da Galé.
Contudo, o que verdadeiramente acabou por marcar as cerimónias em 2012 não foi a mudança do local dos discursos, mas o facto da bandeira ter sido hasteada na varanda dos Paços do Concelho com o escudo ao contrário.
Em 2013, 2014 e 2015, as cerimónias voltaram ao Salão Nobre da Câmara de Lisboa. No ano passado, contudo, o Presidente da República voltou a não estar presente, alegando ter de "se concentrar na reflexão sobre as decisões” que teria de tomar nos dias seguintes, numa referência às eleições que se realizaram no dia 4 de outubro.
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