Segundo a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), Macau exportou mercadorias avaliadas em 6,91 mil milhões de patacas (770 milhões de euros) até agosto — menos 5,4% face ao período homólogo do ano passado — e importou bens na ordem dos 46,05 mil milhões de patacas (4,39 milhões de euros), menos 18,7%.

O défice da balança comercial atingiu, por conseguinte, 39,13 mil milhões de patacas (4,36 mil milhões de euros) nos primeiros oito meses do ano.

As exportações de mercadorias para Hong Kong diminuíram 12,5% e, em contrapartida, aumentaram em 0,8 % as que tiveram a China como destino.

Já para a União Europeia e para os Estados Unidos as exportações desceram, respetivamente, 23,8 e 28,2%.

Nas importações verificaram-se quebras acentuadas na compra de mercadorias da China (-21,1%) e da União Europeia (-11%).

O comércio externo desceu 4,5% em 2015 para 99,87 mil milhões de patacas (11,04 mil milhões de euros ao câmbio da altura), a primeira diminuição desde 2009.

A economia de Macau encontra-se em queda desde o terceiro trimestre de 2014, ano em que, pela primeira vez desde a transferência do exercício de soberania de Portugal para a China, em 1999, o PIB registou uma diminuição (-0,9%). Em 2015, o PIB caiu 20,3%.

Já no primeiro trimestre do ano, a economia registou uma contração real de 13,3% em termos anuais e de 7,1% no segundo.

A queda do PIB relaciona-se com a queda das receitas dos casinos, que começaram a cair em junho de 2014, as quais constituem a principal fonte de receitas públicas e figuram como o pilar da economia do território, o maior centro de jogo do mundo.