“Mesmo que pareça que não visam nenhuma pessoa, fico sempre preocupada quando há relatos de tiros que ocorrem nas fronteiras externas da União Europeia (UE)”, frisou Johansson em conferência de imprensa após o Conselho informal de ministros de Administração Interna da UE.
A comissária respondia assim a uma pergunta sobre se recebeu, como relatado pelo correspondente na Grécia da revista alemã Der Spiegel, uma carta do diretor executivo da Frontex, Fabrice Leggeri, que indicava que tinha havido relatos de tiros recentes na região de Evros, na fronteira entre a Turquia e a Grécia.
Confirmando que “recebeu uma carta da Frontex sobre relatos de tiros no lado turco da fronteira, perto das fronteiras com a UE e a Grécia”, Johansson realçou que “não é a primeira vez que recebe este tipo de informação”.
“Para este incidente em específico, cabe à Frontex reportá-lo da maneira apropriada mas, do meu lado, esta é uma questão que quero discutir quando me deslocar à Grécia, no final deste mês, para ver como as autoridades gregas analisam a situação e a relação com a Turquia”, apontou.
Segundo o correspondente na Grécia da revista alemã Der Spiegel, foram disparados, no domingo, tiros do lado turco da fronteira com a Grécia, numa altura em que guardas fronteiriços alemães da Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas (Frontex) efetuavam patrulhas.
O correspondente adianta também que não se “trata de um caso isolado” e que se têm registado, nos últimos tempos, relatos de tiros, disparados para o ar, do lado turco da fronteira, sem que qualquer guarda fronteiriço da agência tenha ficado ferido até ao momento.
Estes relatos surgem numa altura em que, entre 25 e 26 de março, os líderes dos 27 Estados-membros da UE se reúnem numa cimeira europeia, estando em cima da mesa, entre outros assuntos, as relações do bloco com a Turquia.
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