Para “prevenir eventuais atentados”, este regime foi igualmente introduzido na região de Voronezh, na fronteira com a Ucrânia, indicou o comité num comunicado de imprensa, citado pelas agências noticiosas russas.

Esta medida reforça os poderes dos serviços de segurança e permite-lhes restringir os movimentos.

Prevê igualmente controlos de identidade e de veículos nas ruas e autoriza a suspensão temporária dos serviços de comunicação, se necessário.

“Todos os eventos de massa (…) foram cancelados por este motivo” em Moscovo, anunciou, antes, o presidente da câmara da capital russa, Sergei Sobyanin.

“Todos os serviços municipais estão a funcionar normalmente e as deslocações na cidade não foram perturbadas”, declarou, agradecendo aos habitantes a sua “compreensão” e “calma”.

O chefe do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, apelou a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.

Hoje de manhã, Prigozhin anunciou que o grupo paramilitar controla as instalações militares e o aeródromo de Rostov, uma cidade-chave para o ataque da Rússia à Ucrânia.

O líder do grupo paramilitar disse ter 25.000 soldados às suas ordens e prontos para morrer, instando os russos a juntarem-se a estes numa “marcha pela justiça”.

Prigozhin acusara antes o Exército russo de realizar ataques a acampamentos dos seus mercenários, causando “um número muito grande de vítimas”, acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.

As acusações de Prigozhin expõem as profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.

O líder do grupo Wagner já tinha afirmado que o Exército russo está a recuar em vários setores do sul e leste da Ucrânia, Kherson e Zaporijia, respetivamente, e em Bakhmut, contrariando as afirmações de Moscovo de que a contraofensiva de Kiev era um fracasso.