"Uma situação explosiva"

A ministra alemã da Defesa, Annegret Kramp-Karrenbauer, manifestou esta quarta-feira a sua preocupação com a "situação explosiva" nos Estados Unidos, depois de Trump se ter declarado vencedor antes do final da contagem dos votos.

A ministra alertou para os riscos de uma "crise constitucional" no país. "É algo que deve nos preocupar", acrescentou.

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, pediu às autoridades americanas que "confiem" no "processo eleitoral" em curso. Heiko Maas, cujo país preside a União Europeia (UE) este semestre, insistiu na necessidade de "mostrar paciência e esperar" pelo fim da apuração dos resultados.

"Espero que Trump seja reeleito"

O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, disse abertamente, na quarta-feira, esperar que Trump vença.

“Minha preferência é clara e isso não é uma interferência. Tenho um bom relacionamento político com Trump e espero que ele seja reeleito”, disse Bolsonaro, numa breve conversa com alguns apoiantes fora da sua residência oficial.

Bolsonaro, que fez do seu alinhamento com Washington um pilar de sua diplomacia, foi apelidado de "Trump Tropical" e não esconde a sua admiração pelo homólogo norte-americano.

“Que espetáculo!”

O líder supremo iraniano usou a ironia, esta quinta-feira, para descrever o "espetáculo" prestado pela eleição presidencial dos Estados Unidos.

"Que espetáculo! Dizem que são as eleições mais fraudulentas da história dos EUA. Quem diz isso? O próprio Presidente em funções.", disse Ali Khamenei numa mensagem publicada na sua conta no Twitter.

“O seu adversário [Joe Biden] diz que Trump quer manipular as eleições. Isso são a democracia e as eleições nos Estados Unidos", acrescentou Khamenei, cujo país e os Estados Unidos têm relações tensas há dezenas de anos.

Sem preocupação

O Reino Unido insistiu, na quarta-feira, que o seu relacionamento próximo com os Estados Unidos está garantido, não importa quem vença a eleição, mas destacou a divergência com o governo de Trump em relação à mudança climática.

"Os Estados Unidos são um aliado próximo e estamos convencidos de que nosso relacionamento será fortalecido independentemente do vencedor", disse um porta-voz do governo.

O primeiro-ministro, Boris Johnson, aliado de Trump, recusou-se a comentar no Parlamento quando questionado sobre a declaração prematura de vitória do presidente dos EUA e sobre a sua intenção de recorrer ao Supremo Tribunal para defender a sua posição.

Já o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dominic Raab, disse à Sky News que "não está preocupado com a relação" entre Londres e Washington.

"Nova relação transatlântica"

Os Estados Unidos e a União Europeia terão de construir uma "nova relação transatlântica", após as eleições presidenciais americanas, independentemente do resultado, disse o chefe da diplomacia francesa, Jean Yves Le Drian, sem optar por nenhum dos candidatos.

"A eleição de um presidente depende dos americanos. Teremos que trabalhar com o eleito e com a nova administração americana, aconteça o que acontecer", acrescentou.

Parabéns antecipados a Trump

O primeiro-ministro da Eslovénia, Janez Janša, congratulou Trump na quarta-feira, depois de o Presidente norte-americano se ter declarado vencedor das eleições presidenciais antes do final da contagem dos votos.

"Parece claro que os americanos elegeram Donald Trump", disse no Twitter o governante esloveno, que lidera o partido anti-imigração SDS.

Janez Janša é, junto com o seu homólogo e aliado húngaro, Viktor Orbán, um dos líderes europeus que apoiaram a candidatura de Trump.

O primeiro-ministro esloveno disse no passado que o candidato democrata Joe Biden seria "o presidente mais fraco da história dos Estados Unidos".